Francisco, o Chico doido
Repentista lá do nordeste
Deixou tudo, veio pro sul
Corajoso cabra da peste
Na sacola, muda de roupa
No sonho, mudar de vida
O que não muda pelo país
É o enredo dessa agonia
Pro ônibus faltou dinheiro
Pro vontade sobrou a garra
Nem se importa o Chico Doido
De vir lotado num pau de arara
O tempo lembra a todo instante
Velho Chico, a vida é dura
Na parada não tem janta
Só tem água com rapadura
A prática é nua e crua
Choque de realidade
Hoje se vê o pobre Chico
Vagando pela cidade
Saudade dos seus é grande
Depressão leva à desgraça
O vício bateu à porta
Tem nome, e é cachaça
De repente vem o trocado
A rima que contagia
O talento brilha nas letras
Com humor e ousadia
Na rua tem moradores
Cada qual com sua memória
Como o Francisco, o Chico doido
Que me rendeu essa história
Paulo Flores
Brincar com as palavras, essa é a ordem. Espaço de poesia, contos, crônicas e pensamentos do autor.
28 de março de 2020
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