No retrovisor do tempo
eu vejo os avós
Com alguns vivi à beça
Com outros, não deu
Do vô Paulo veio o Flamengo
E o amor mais doido que Deus levou
Queria mais tempo
pra ter na memória
Desbravar nosso Rio
e ouvir sua história
Vô Waldir meu parceiro
Avô amigão
Eu falava o desejo
e já vinha na mão
Aguentou travessura
martelada no joelho
tombo na escada
e Rayovac no dedo
Do Rio teve a Penha
Uma delicia de vó
Meiga na fala
paciência de jó
Fez banana amassada
Sem açucar, com sal
Comi com vontade
Até passar mal
Ainda tenho a Valdinha
minha bolinha de queijo
Estatura baixinha
e gigante no peito
Da cozinha gostosa
de noite e de dia
A dieta se perde
é até covardia
Aproveitem os avós
e curtam bastante
Por que quando eles partem
A saudade é gigante
Paulo Flores
@paulofloresoficial
Brincar com as palavras, essa é a ordem. Espaço de poesia, contos, crônicas e pensamentos do autor.
27 de março de 2020
Assinar:
Postar comentários (Atom)
GAVETAS Das gavetas da vida Algumas não abro mais Outras até remexo há as que esqueço Em cada arrumação Recordação e muita história ...
-
A QUATRO MÃOS Praia que inspira o verso Instiga à fotografia Poeta puxa caneta E click retrata a vida Poeta é homem do avesso Capta a ...
-
Texto livre Palavra solta Há quem conteste E quem se veja Cenário meia luz Caneta bailando Tinto seco na taça Inspiração m...
-
Guarda do Embaú Sentado na praia De copo na mão E a pela corada Eis que surge o sujeito Pedindo atenção Um livro na mão...
Excelente.
ResponderExcluir